Museu
O Museu ocupa as dependências
do Convento de Jesus, edificado no séc. XV, onde se recolheu, em 1472,
a infanta D. Joana, filha do rei Afonso V e onde viria a morrer em 1490.
A presença desta real personagem, beatificada em 1673, beneficiou o
convento com o legado dos seus avultados bens. Nos sécs. XVII e XVIII
acolheu uma escola de bordadeiras a quem se deve muitas das sumptuosas
peças guardadas no Museu.
A fachada actual data do séc. XVIII e nela se inscrevem três portais
com bonitos frontões, vendo-se o brasão real no d0 meio. O edifício
conserva alguns espaços que serviam à vivência conventual: o átrio,
onde funcionava a portaria, o claustro do séc. XV , que conserva uma
colunata renascentista, algumas capelas manuelinas decoradas com
azulejos e a casa do capítulo. No interior da igreja merece especial
atenção a capela-mor pelo notável trabalho de talha dourada, de
finais do séc. XVI, a lembrar uma obra de ourivesaria. Nas paredes
forradas com painéis de azulejos vêem-se seis telas representando
momentos da vida de Santa Joana Princesa.
No coro baixo da igreja, onde as religiosas assistiam aos ofícios litúrgicos,
encontra-se o túmulo de Santa Joana, peça de exímia execução com
finíssimos embutidos de mármores italianos de diversas cores.
Trabalharam nele artistas portugueses, devendo-se o seu desenho a Manuel
Antunes, arquitecto régio. Iniciada a obra em 1699, por mando de D.
Pedro II, só em 1711 nele seriam colocadas as cinzas da Infanta, a quem
Aveiro dedica uma festa religiosa a 12 de Maio, efeméride da sua morte,
que inclui uma peregrinação a este local.
O Museu foi fundado em 1911 para abrigar peças de arte recolhidas em
casas e comunidades religiosas da região e de vários pontos do país,
incluindo Lisboa, dissolvidas ou encerradas com a extinção das Ordens
religiosas, incluindo as originárias do próprio convento de Jesus.
Possui notáveis colecções de pintura, escultura, talha, azulejaria,
ourivesaria, mobiliário e paramentaria.
Das colecções de pintura merece destaque o retrato da Infanta Santa
Joana, atribuído à Escola de Nuno Gonçalves. A Infanta é
representada em trajo de corte, na sua plena juventude, mas no seu rosto
manifesta-se uma expressão de tristeza e resignação.
Magníficos frontais de altar bordados a ouro, colecções muito
valiosas de paramentaria e ourivesaria, códices raríssimos dos sécs.
XV e XVI (incluindo o da fundação do Convento e vida de Santa Joana),
fazem do Museu de Aveiro um ponto de paragem obrigatória.
Convento de Jesus
A fachada actual do
convento data do séc. XVIII e nela se inscrevem três portais com
bonitos frontões, vendo-se o brazão real no do meio. O edifício
conserva alguns espaços que serviam à vivência conventual: o átrio,
onde funcionava a portaria, o claustro do séc. XV, que conserva uma
colunata renascentista, algumas capelas manuelinas decoradas com
azulejos e a casa do capítulo. No interior da igreja merece especial
atenção a capela-mor pelo notável trabalho de talha dourada, de
finais do séc. XVI, a lembrar uma obra de ourivesaria. Nas paredes
forradas com painéis de ajulejos vêem-se seis telas representando
momentos da vida de Santa Joana Princesa.
No coro baixo da igreja, onde as religiosas assistiam aos ofícios litúrgicos,
encontra-se o túmulo de Santa Joana, peça de exímia execução com
finíssimos embutidos de mármores italianos de diversas cores.
Trabalharam nele artistas portugueses, devendo-so o seu desenho a Manuel
Antunes, arquitecto régio. Iniciada a obra em 1699, por mando de D.
Pedro II, só em 1711 nele seriam colocadas as cinzas da Infanta, a quem
Aveiro dedica uma festa religiosa a 12 de Maio, efeméride da sua morte,
que inclui uma peregrinação a este local.
Santuário de Santa
Joana Princesa
A Sala-Santuário da
Santa encontra-se na Igreja de Jesus, Museu da Cidade. A sua instalação
foi autorizada por bula do Papa Pio II, em 1461. Funcionou como
Convento, tendo-se recolhido aqui a Princesa Infanta D. Joana, filha de
D.Afonso V. O Túmulo está envolvido por uma decoração parietal de
talha, azulejos e mármore, sob um tecto policromo - estilo barroco.
É local de peregrinações individuais de devotos da Santa. A procissão,
essencialmente litúrgica, também inclui elementos civis - damas,
cavaleiros, infantes, pagens e outras figuras. A Festa religiosa
realiza-se no dia 12 de Maio (feriado municipal).
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