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E no princípio era a luz (fotões!). O Universo primordial foi extraordinariamente quente, com a matéria completamente ionizada e a sua dinâmica governada por um enorme banho de radiação. À medida que o Universo se expandia e arrefecia e os átomos se formaram (380 000 anos após o BigBang), este banho de radiação pôde finalmente escapar contendo as variações produzidas pelas grandes estruturas do Universo (as pequenas flutuações d temperatura constituem uma fotocópia das flutuações do campo de matéria na altura). Hoje, após quase 14 mil milhões de anos, de história cósmica este banho de radiação forma o Fundo de Radiação Cósmica em Microondas FRCM), pela primeira vez detectado em 1965 e mapeado pela primeira vez em 1992 pelo satélite COBE. As observações do FRCM e das suas pequenas flutuações de temperatura (cerca de ~5080 μK). As observações do FRCM e das suas pequenas flutuações de temperatura (cerca de ~5080 μK) e polarização estão na vanguarda das sondas cosmológicas. Permitem-nos a reconstituição com grande precisão da história cósmica e a determinação da geometria, idade e conteúdo do Universo. Mas este sinal é parcialmente obscurecido pela sobreposição da radiação produzida pela Via Láctea. Para quantificar a contaminação galáctica, o projecto Galactic Emission Mapping (GEM) irá cartografar, com alta sensibilidade e calibração absoluta, o céu (e a Via Láctea), levantando o véu galáctico do FRCM
figura 1 - Espectro do Primeiro
Plano Galáctico
Para uma melhor compreensão da fenomenologia dos vários contaminantes (emissão das poeiras galácticas, radiação sincrotrão galáctica e emissão freefree, etc. Ver figura acima) que contaminam o sinal cosmológico a detectar, nomeadamente, pelo satélite Planck Surveyor (ESA – lançamento em 2007), efectuaremos um survey no Hemisfério Norte, da emissão galáctica polarizada a 5 e 10 GHz, com uma antena de 9 metros instalada no Centro de Portugal (ver simulações). Isto complementará o survey do Hemisfério Sul efectuado no Brasil. A junção de ambos os surveys produzirá um modelo quase completo do céu (~85% de cobertura do céu) dos estados de polarização da emissão sincrotrão. Às frequências observadas, a despolarização da rotação de Faraday é desprezável, permitindo uma melhoria na extrapolação das Técnicas de Separação de Componentes utilizadas no processamento de dados do FRCM.
Estes modelos de polarização, são também relevantes para a dinâmica da galáxia ao fornecer os meios necessários para mapear o campo magnético galáctico global. A galáxia (emissão de sincrotrão) vista pelo satélite WMAP
A antena com o seu receptor será instalada no centro de Portugal em Fajão - Pampilhosa da Serra (Long. 7º 52' W, Lat. 40º 11' N ; Alt: 839 metros). A cobertura do céu que deveremos obter: Survey em Portugal(2007) Região em comum Mosaico a 5 GHz(2007-)
Agradecimentos: Este projecto tem o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia (Portugal) através da concessão do POCI/CTE-AST/57209/2004 and POCTI/FNU/42263/2001. Agradecemos à Portugal Telecom, TEGAEL e à SOMAGUE engenharia pelo apoio. Agradecimentos ao Eng. Luis Vale e família, proprietários do terreno onde será instalada a antena. Páginas relacionadas com o projecto GEM: |
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